Dados do Trabalho


Título

Efeitos vasculares da suplementação de vitamina D isolada ou combinada à vitamina K em obesos - ensaio clínico duplo cego, randomizado e controlado por placebo

Introdução

<p>A defici&ecirc;ncia de vitamina D &eacute; altamente prevalente na obesidade e associadas se relacionam a pior fun&ccedil;&atilde;o metab&oacute;lica e cardiovascular. Ensaios cl&iacute;nicos randomizados vem sendo inconsistentes em demonstrar efeitos cardiovasculares ben&eacute;ficos com a suplementa&ccedil;&atilde;o de vitamina D.</p>

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Objetivo

<p>Avaliar os efeitos da suplementa&ccedil;&atilde;o de vitamina D3 isolada ou&nbsp;combinada &agrave; vitamina K sobre a fun&ccedil;&atilde;o endotelial e atividade auton&ocirc;mica em indiv&iacute;duos obesos ou com sobrepeso e baixos n&iacute;veis de vitamina D (&lt;30ng/dl).</p>

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Método

<p>Ensaio cl&iacute;nico prospectivo, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo (NCT 05689632) realizado em adultos 40-69 anos com &iacute;ndice de massa corporal &ge;25&lt;40 kg/m&sup2;. A fun&ccedil;&atilde;o endotelial foi avaliada pelo sistema Laser speckle contrast Imaging (Pericam&reg;), a hemodin&acirc;mica central por m&eacute;todo oscilom&eacute;trico (Mobil-O-Graph&reg;) e a variabilidade da frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca utilizando frequenc&iacute;metro Polar (software Kubios&reg;). Os pacientes (n=90) receberam placebo no grupo placebo (P, n=28), ou vitamina D3 7mil UI/dia (D, n=30) ou vitamina D 7000 UI + vitamina K2-MK7 180 mcg/dia (K, n=32), para uso di&aacute;rio, ap&oacute;s o almo&ccedil;o. Foram avaliados antes (S0) e ap&oacute;s 16 semanas (S16) com n&iacute;vel de signific&acirc;ncia de 0,050.</p>

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Resultados

<p><a href="https://1drv.ms/i/s!AmJoZPTIV48RgvZaxAeLUDpJT7SUWQ" target="_self"><img alt="Hiperemia reativa (percentual de aumento da área sob a curva pós oclusão)" src="https://sfo3.digitaloceanspaces.com/iweventos/imagens/sd/2024-05/Screenshot_20240422-222802_Drive.jpg" style="width: 2280px; height: 1080px; float: left;" /></a>Em S0, os grupos foram homog&ecirc;neos em idade (51&plusmn;6 vs 52&plusmn;6 vs 53&plusmn;7 anos, p=0,739) e n&iacute;veis de vitamina D (22,3&plusmn;5,5 vs 21,8&plusmn;4,6 vs 21,6 &plusmn;5,4 ng/ml, p=0,880). Na S16, os grupos D e K apresentaram n&iacute;veis significativamente maiores de vitamina D (24,0 vs 38,4 vs 37,9 ng/ml, p&lt;0,001). O grupo D em rela&ccedil;&atilde;o ao P apresentou significativa eleva&ccedil;&atilde;o nos &iacute;ndices de adiposidade visceral em homens (IAVH) [1,401(IC95%:0,220,2,583)] e mulheres (IAVM) [1,225(IC95%:0,263,2,186)], triglicer&iacute;deos [63,8(IC95%:20,169,107.495)], aterogenicidade plasm&aacute;tica (IAP) [0,299(IC95%:0,101,0,487)] e raz&atilde;o triglicer&iacute;deos/lipoprote&iacute;na de alta densidade (TG/HDL) [1,790(IC95%:0,754,2,826)]. No grupo K houve eleva&ccedil;&atilde;o no HDL [4,639(IC95%:0,249,9,029). A hiperemia reativa p&oacute;s oclus&atilde;o (HRPO) foi significativamente maior no grupo D em rela&ccedil;&atilde;o o P [-21,473(IC95%:-41,742,-1,205)] e no grupo K em rela&ccedil;&atilde;o ao D [-22,133(IC95%:-41,455,-2,812)]. N&atilde;o houve altera&ccedil;&atilde;o significativa na hemodin&acirc;mica central. O grupo K apresentou redu&ccedil;&atilde;o nas raz&otilde;es SD2/SD1 e LF/HF [0,356(IC95%:0,046,0,666) e 1,336(IC95%:0,166,2,506) respectivamente].</p>

Conclusão

<p>A suplementa&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria de vitamina D e K combinadas foi superior &agrave; de vitamina D isolada, durante dezesseis semanas, resultando em melhora nos n&iacute;veis de HDL, da fun&ccedil;&atilde;o endotelial e do equil&iacute;brio auton&ocirc;mico.</p>

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Clínica

Autores

Adriana Castro Carvalho Faria, Michelle Cunha, Caroline Moreira, Clara Oliveira Faria, Letícia Carvalho Faria, Wille Oigman, Mario Fritsch Neves