Dados do Trabalho


Título

UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS SEMI-SUPERVISIONADOS REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍADA E MELHORA O RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM GRUPOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA.

Introdução

Pacientes com doenças crônicas usualmente necessitam de cuidados regulares e intervenções que implicam em mudanças do estilo de vida, já que este é um dos fatores que desencadeiam as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A caminhada é um tipo de atividade física com quase nenhum dispêndio financeiro, com poucos efeitos colaterais e de fácil execução, além de promover efeitos benéficos em pacientes crônicos. Sendo assim, os grupos de caminhadas nas Unidades de Saúde da Família (USF) executam um papel importante como coadjuvantes ao tratamento medicamentoso de pessoas com DCNT.

Objetivo

Este trabalho avaliou os efeitos da caminhada não supervisionada, associada às atividades presenciais nas variáveis antropométricas, hemodinâmicas, bioquímicas e cardiorrespiratórias, em pacientes das USF.

Método

Sete pacientes de ambos os sexos (±55 anos), participantes de grupos de exercícios, foram orientados a realizar um protocolo de caminhada não supervisionada (2x semana), em intensidade moderada, controlada pela frequência respiratória (FR) e com duração de 16 semanas. Foram analisadas as variáveis: Índice de massa corporal (IMC), Percentual de gordura, Relação cintura e quadril (RCQ), capacidade cardiorrespiratória (VO2máx), Risco Cardiovascular Global (RCG), pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC), colesterol total e da glicemia em jejum antes e após o protocolo. Os dados são apresentados como média e desvio padrão da média. Teste T-student pareado foi utilizado para comparar todas as variáveis antes e após 4 meses (p<0,05).

Resultados

Programa semi-supervisionado de exercícios e caminhada reduziu significativamente a PA Sistólica (PAS, -9%) e FC (-15%) de repouso, aumentou o VO2 Máx em (+26%). Além disso, reduziu significativamente os níveis de colesterol total (-12%). No início do programa, havia 25% de pacientes com obesidade grau I, que foi zerada no final, aumentando as porcentagens de peso normal (+17%) e de sobrepeso (+7%). Da mesma forma, houve uma melhora na classificação de glicemia, aumentando o número de pacientes normoglicemicos (+28%). A presença de RCG moderado reduziu de 43% para 14% ao final do programa.

Conclusão

Os resultados do presente estudo sugerem que uma proposta de exercícios semi-supervisionados, possa ser uma estratégia importante a ser introduzida nos diferentes núcleos de saúde das prefeituras para o melhor controle das doenças crônicas não transmissíveis.

Área

Hipertensão Arterial

Autores

Izabela Evangelista Pestana, Kelen Cristina Paccola Larini, Sandra Lia Cardoso