Dados do Trabalho


Título

EFEITOS DE 12 SEMANAS DA QUEBRA DO COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO COM EXERCÍCIO ISOMÉTRICO DE AGACHAMENTO NA PAREDE NA FUNÇÃO VASCULAR DE ADULTOS SEDENTÁRIOS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E ALEATORIZADO

Introdução

O tempo sentado tem sido associado a piora da função das artérias dos membros inferiores, que é um importante marcador de saúde cardiovascular. O exercício isométrico de agachamento na parede (EIAP) se mostrou eficaz em mitigar os efeitos do comportamento sedentário (CS) de maneira aguda. No entanto, se isso ocorre cronicamente ainda não se sabe.

Objetivo

Analisar os efeitos de 12 semanas da quebra do CS com EIAP na função vascular em adultos sedentários.

Método

Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado com adultos sedentários sem doenças cardiovasculares ou diabetes. Os sujeitos foram randomizados em dois grupos: EIAP e controle (GC). Sujeitos de ambos os grupos receberam mensagens padronizadas diariamente ao longo das 12 semanas para realizar quebras do CS com duração de dois minutos, a cada 60 minutos no seu ambiente ocupacional. O grupo EIAP realizou agachamento isométrico na parede com angulação correspondente a 95% da frequência cardíaca pico, obtida no teste incremental máximo, enquanto os sujeitos do GC receberam indicações de realizarem as quebras do CS ficando em pé. A função vascular da artéria poplítea foi avaliada por meio da técnica da dilatação mediada pelo fluxo (DMF). Ademais, também foi avaliado, diâmetro arterial basal, diâmetro arterial máximo e fluxo sanguíneo.

Resultados

Vinte e três (EIAP=12 e GC=11) sujeitos concluíram as 12 semanas de intervenção (35 ± 11 anos, 61% mulheres). Após 12 semanas, verificou-se que os sujeitos do grupo EIAP aumentaram o diâmetro arterial basal e máximo, enquanto não houve alterações na DMF e no fluxo sanguíneo (Tabela 1).                      

Conclusão

O EAIP como forma de quebra do CS durante as atividades ocupacionais aumentou o diâmetro basal e o diâmetro máximo pós DMF, mas não a DMF. Embora não avaliadas no presente estudo, essas respostas podem estar relacionadas a uma melhora estrutural na artéria poplítea. 

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Clínica

Autores

Anderson Cavalcante, Theo Victor Alves Soares do Rego, Jefferson Maxwell de Farias Silva, Dayanne Kerollyn Sousa Henriques, JOYCE ANNENBERG ARAÚJO DOS SANTOS, GUSTAVO OLIVEIRA DA SILVA, MARILIA DE ALMEIDA CORREIA, Raphael Mendes Ritti-Dias , Breno Quintella Farah