Dados do Trabalho

Título

Os Efeitos do Treinamento Muscular Inspiratório de Alta Resistência nas Respostas Neurovasculares e Hemodinâmicas durante Estresse Mental em Pacientes Com COVID Longa: Ensaio Clínico Randomizado, Duplo-Cego, Controlado por Sham

Introdução

Introdução: Nosso grupo recentemente mostrou que pacientes com COVID 19 Longa exibem uma reatividade neural simpática exacerbada e um aumento atenuado de fluxo sanguíneo muscular durante um desafio mental agudo. Em conjunto, essas respostas podem ajudar a explicar, pelo menos em parte, o risco cardiovascular aumentado nesse grupo de pacientes. O treinamento muscular inspiratório de alta resistência (TMIAR) é seguro e reduz a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e a pressão arterial (PAM) e, melhora a função endotelial em diferentes populações. Portanto, o TMIAR pode ser uma estratégia promissora para atenuar a reatividade cardiovascular ao desafio mental agudo, em pacientes com COVID-19 Longa.

Objetivo

Objetivo: Avaliar se o TMIAR poderá ser uma estratégia promissora para atenuar a reatividade cardiovascular ao desafio mental agudo, em pacientes com COVID-19 Longa.

Método

Métodos: Para testar essa hipótese, nós propomos um estudo randomizado, duplo-cego e controlado Sham (Identificação: NCT06091384) por 6 semanas de TMIAR (30 repetições/dia, 6 dias/semana a 55-75% PImax) vs. SHAM (30 repetições /dia, 6 dias/semana a 15%PImax). ANSM (microneurografia), fluxo sanguíneo da artéria braquial (BABF, ultrassom -Doppler), PAM (Finomenter) e frequência cardíaca (FC, ECG) foram medidos durante 3 min de estresse mental (Teste conflito palavra cor) antes e depois de 6 semanas de intervenção.

Resultados

Resultados: Vinte e oito pacientes concluíram o estudo, 14 no grupo IMST (Idade: 48,0±1,6 e IMC:32,2±1,2Kg/m2) e 14 no SHAM (Idade:53,0±2,5 e IMC: 33,6±1,1Kg/m2). TMIAR reduziu a frequência e a incidência da ANSM durante o EM (pré ∆:8,2±1,3 frequência /min vs. pós ∆:3,5±1,7 frequência /min, p=0,002 e pré ∆:12,4±2,6 disparos /100 bpm vs pós ∆:5,6±2,2 disparos /100 bpm p<0,001, respectivamente). Além disso, diminuiu a PAM ( pré ∆:5,8± 1,7 mmHg vs. pós ∆:4,1±1,4 mmHg, p=0,04) , mas não houve alteração na FC (pré ∆:6,5±1,4 bpm vs. pós ∆:3,2±1,7 bpm, p=0,07) e BABF (pré ∆:27,4±6,1 mL /min vs. pós ∆:25,1±6,2 mL /min, p= 0,1). No grupo SHAM nenhuma alteração foi observada.

Conclusão

Conclusão: Nosso achados relevam que o TMIAR diminuiu a ANSM e PA durante o desafio mental agudo em pacientes com COVID LONGA, indicando que esse paradigma de exercício é uma estratégia promissora para reduzir riscos cardiovasculares nessa população de pacientes.