Dados do Trabalho


Título

CORRELAÇÃO DE VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS E ANTROPOMÉTRICAS DE SERVIDORAS PÚBLICAS EM UMA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Introdução

Obesidade e a inatividade física são fatores de risco que estão relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a hipertensão arterial e diabetes mellitus. A maior deposição de gordura corporal central e pressão arterial (PA) elevada, aumentam os riscos para doenças cardiovasculares. Há uma tendência de maiores níveis pressóricos e de acúmulo de gordura a depender de diferentes tipos de atividade laborais e com o decorrer da idade.

Objetivo

Avaliar o nível de correlação de variáveis hemodinâmicas e antropométricas em mulheres servidoras de uma universidade bem como observar a prevalência de valores pressóricos elevados.

Método

Foram avaliadas 91 mulheres servidoras de uma universidade, 43,46 ± 11,96 anos durante campanha de saúde em dois anos distintos. PA foi medida de acordo com orientações das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, valores de pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg foram considerados valores alterados, além disso, a circunferência abdominal e índice de massa corporal (IMC) foram medidos. Os valores de PAS, PAD, IMC e circunferência abdominal foram correlacionados entre si. A normalidade dos dados foi avaliada por teste de Kolmogorov-Smirnov, levando-se em consideração os desfechos observados, idade apresentou distribuição normal, sendo representada em média ± desvio-padrão, valores não normais foram analisados por correlação bivariada de Spearman e a frequência de PA alterada foi quantificada em percentual (%), adotou-se nível de significância de 5%.

Resultados

A PAS de nove mulheres (9,9%) e a PAD de seis (6,6%) foram consideradas alteradas. Oito mulheres (8,8%) se autodeclararam hipertensas e no dia da campanha duas estavam com a PAS elevada e uma tanto com a PAS quanto a PAD elevada. Além disso, foi encontrada correlação fraca da PAS com IMC (r=0,325; p<0,002) e circunferência abdominal (r=0,342; p<0,001); PAD com o IMC (r=0,318; p<0,002) e circunferência abdominal (r=0,286; p<0,006), enquanto para o IMC e circunferência abdominal (r=0,838; p<0,001) a correlação foi forte.

Conclusão

Os resultados mostraram baixa correlação entre os desfechos hemodinâmicos e antropométricos, contudo, o IMC e a circunferência abdominal apresentaram uma forte correlação. Apesar disso, uma parcela importante de servidoras embora não se referia como hipertensas apresentaram valores alterados de PA, demonstrando baixo conhecimento a respeito de sua saúde hemodinâmica.

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Clínica

Autores

GIOVANNA TOMASELLI DE OLIVEIRA, EDWA MARIA BUCUVIC, SANDRA MARIA BATISTA GROSSI, HENRIQUE LUIZ MONTEIRO, HENRIQUE SANTOS DISESSA, SANDRA LIA AMARAL