Dados do Trabalho
Título
CORRELAÇÃO ENTRE ESTRESSE OXIDATIVO E PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS DE VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR E SEVERIDADE DA DOENÇA NO MODELO EXPERIMENTAL DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
Introdução
Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) cursa com disfunção no endotélio vascular pulmonar, agravando a progressão da doença. O estresse oxidativo (EO) está associado ao remodelamento vascular pulmonar, mas sua relação com marcadores ecocardiográficos de gravidade da HAP permanece incerta.
Objetivo
Objetivo: Investigar a associação entre EO plasmático, cardíaco e pulmonar com marcadores ecocardiográficos de gravidade da HAP.
Método
Métodos: Ratos Wistar machos receberam dose única de monocrotalina (MCT; indução da HAP) ou salina (SAL; controle). Após confirmação da HAP,as razões TA/TE (tempo de aceleração da artéria pulmonar/tempo de ejeção do ventrículo direito) e DP/DA (diâmetro da artéria pulmonar/diâmetro da aorta) foram utilizadas como índices de resistência vascular pulmonar. DDFVD (diâmetro diastólico final do VD) e DSFVD (diâmetro sistólico final do VD) foram quantificados como marcadores de hipertrofia cardíaca. Parâmetros de EO no plasma, coração e pulmão incluíram lipoperoxidação (TBARS), peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) e atividade da NADPH-oxidase, além da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO) via concentração de nitritos. A diferença entre os grupos foi analisada via Test t para amostras independentes e a correlação entre as variáveis de interesse via correlação de Pearson (r). Os resultados seguem apresentados como deltas entre os grupos (Δ MCT-SAL ) ±EP.
Resultados
Resultados: Comparado ao grupo SAL, o grupo MCT mostrou maior resistência vascular pulmonar, via menor TA/TE (Δ=-0,14±0.02; p≤0.05) e maior DP/DA (Δ=0,36±0.63; p≤0.05). Ainda, o grupo MCT apresentou maiores DDFVD (Δ=0,12 cm±0.04; p≤0.05) e DSFVD (Δ=0,13 cm±0.04; p≤0.05). O grupo MCT apresentou maior TBARS plasmático (Δ=0,77±0.16 mmoles/mg prot.; p≤0.05) e pulmonar (Δ=0,24±0.20 mmoles/mg prot.; p≤0.05), maior NADPH-oxidase plasmática (Δ=0,03±0.01 mmoles/min/mg prot; p≤0.05) e pulmonar (Δ=0,04±0.01 mmoles/min/mg prot; p≤0.05), e maior H 2 O 2 cardíaco (Δ=6,3±1,57 µM; p≤0.05) e pulmonar (Δ=17,76 ±6,52; µM p≤0.05). Além disso, o grupo MCT apresentou menor nitrito pulmonar (Δ=-4,14±1,52 nmoles/mg prot.; p≤0.05). O aumento do TBARS plasmático correlacionou-se com maiores DDFVD (r: 0,66; p=0,02), DSFVD (r: 0,70; p≤0,01) e DP/DA (r: 0,75; p≤0,01), e menor TA/TE (r: -0,87; p≤0,01).
Conclusão
Conclusão: O aumento do dano oxidativo sistêmico correlaciona-se a parâmetros ecocardiográficos de vasoconstrição pulmonar e severidade da doença no modelo experimental de HAP.
Área
Hipertensão Arterial
Categoria
Pesquisa Básica
Autores
Gustavo Martorano Tamanaha, Antonio Viana Nascimento Filho, Kelly Cristina Felipe da Silva, Larissa Emilia Seibt, Andrey Serra, Danielle Silva Dias, Marcelle Paula-Ribeiro, Katia De Angelis