Dados do Trabalho

Título

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES E PERCEPTIVAS AO EXERCÍCIO COM ERGÔMETRO DE BRAÇO EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA: UM ESTUDO DESCRITIVO

Introdução

Os exercícios em ergômetro de braço (EB) são promissores para pacientes com doença arterial periférica (DAP), pois melhoram a capacidade funcional e reduzem a dor, uma barreira significativa para o exercício nessa população. No entanto, as respostas cardiovasculares e perceptivas durante esse tipo de exercício têm sido pouco investigadas.

Objetivo

Analisar as respostas cardiovasculares e perceptivas agudas do exercício em EB em pacientes com DAP. 

Método

Quinze pacientes com DAP (53% homens, 65±7 anos, 26,7±4,7 kg/m2, ITB: 0,64±0,13) realizaram uma sessão de exercício em EB, composta por 15 ciclos de 2 minutos, com intensidade equivalente a 4-6 na escala subjetiva de esforço de Borg a 60 rotações por minuto. Durante a sessão foram monitorados pressão arterial, frequência cardíaca, fluxo sanguíneo cerebral, percepção subjetiva de esforço e respostas afetivas. O teste t pareado foi utilizado para comparar o pré vs. pico do exercício, considerando P<0,05 como estatisticamente significante. 

Resultados

O exercício em EB induz a um aumento na pressão arterial sistólica (Pré: 124±19 vs. Pico: 156±18 mmHg, p<0,001) com aumentos médios de 33±13 mmHg, e na pressão arterial diastólica (Pré: 72±9 vs. Pico: 92±19 mmHg, p=0,001), com aumentos médios de 20±19 mmHg. A frequência cardíaca aumentou durante toda a sessão de exercício em comparação com o período basal (Pré: 68±16 bpm, Série 5: 88±23 bpm, Série 10: 90±23 bpm, Série 15: 92±22 bpm), com aumentos médios de 28±14 bpm, p<0,001. A percepção de esforço também aumentou ao longo da sessão de exercício em comparação ao período basal (Pré: 0±0 vs. Pico: 7±1; p=<0,001). A velocidade do fluxo sanguíneo cerebral manteve-se estável (Pré: 53±16 vs. Pico: 58±15 cm/s, p=0,296). Por fim, os pacientes reportaram sentimentos positivos em relação à sessão de exercício em EB (Pico: 3±2). 

Conclusão

Uma única sessão de exercício em EB aumenta a pressão arterial sistólica e diastólica, a frequência cardíaca e a percepção de esforço em pacientes com DAP. A velocidade do fluxo sanguíneo cerebral manteve-se estável e esta modalidade promoveu sentimentos positivos nesses pacientes.