Dados do Trabalho


Título

ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE FRAGILIDADE, APTIDÃO FÍSICA E PRESSÃO ARTERIAL EM IDOSOS

Introdução

Na perspectiva de prevenir a diminuição da Aptidão Funcional (AF) e o aumento da incidência e prevalências da hipertensão arterial no idoso, o tema FRAGILIDADE ganha espaço dentro do contexto da pesquisa científica. Por definição, o termo fragilidade leva em consideração uma menor capacidade de reparação de danos ou de adaptação diante de algum agente estressor, colocando o idoso em uma situação de maior vulnerabilidade em apresentar um problema de saúde ou adquirir uma doença (FRIED et al., 2001). Desta forma, a avaliação da fragilidade pode contribuir para o planejamento de uma intervenção adequada, principalmente quando de busca a melhoras nas variáveis AF e pressão arterial (PA). 

Objetivo

Avaliar a relação entre o Índice de Fragilidade com as variáveis de AF e PA de idosos.

Método

60 idosos de ambos os sexos foram submetidos as seguintes avaliações: (a) Fenótipo de Fragilidade através das avaliações de perda de peso não intencional (~4,5 quilos) no último ano, Escala de Depressão CES–D, Nível de atividade física através do questionário de Paffenbarger, Tempo de Caminhada (4,57m) e Força de preensão manual, conforme descrito previamente em FRIED et al (2001), sendo classificados em frágeis/pre-frágeis ou robustos/não frágeis; (b) Bateria de testes motores da AAHPERD para determinar o índice de aptidão funcional geral (IAFG), sendo classificados em muito fraco/fraco, regular e, bom/muito bom e; (c) Pressão arterial medida de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão arterial. Os dados foram analisados através da ANOVA one-way com p<0,05.

Resultados

Os idosos classificados como frágeis/pré-frágeis obtiveram os menores índices de AF (118,6±50 – classificação muito fraco/fraco) e valores de PA relativamente acima dos valores considerados normais (133,5±20/79,8±9). Por outro lado, idosos classificados como robustos/não-frágeis obtiveram melhores valores de PA conforme o nível de AF aumenta (AF: 130,0±52 [fraco/muito fraco] e PA: 132,3±17/77,5±11; AF: 238,36±40 [regular] e PA: 117,2±5/76,6±4; AF: 363,77±48 [bom/muito bom] e PA: 113,38±10/77,7±9). Ainda, bons níveis de AF apresentaram diferenças na PA em comparação aos idosos frágeis (p=0,02) e idosos robustos mas com baixo nível de AF (p=0,05).

Conclusão

Sugere-se com este estudo que uma maior condição de vulnerabilidade em ter valores de PA acima do normal e baixa AF foi encontrado nos idosos classificados como frágeis/pré-frágeis.

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Básica

Autores

Gabriel Gasparini Satyro, Luana Froes Losnak, Klara Karin Brigitte Knoblauch, Anderson Saranz Zago