Dados do Trabalho


Título

REALIZAÇÃO DA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Introdução

 A medida da pressão arterial (PA) é um dos procedimentos mais realizados na área da saúde e os profissionais de enfermagem são os que mais o executam. Portanto, seguir todas as etapas corretas do procedimento é vital para dados fidedignos. 

Objetivo

Caracterizar a realização do procedimento de medida da PA pela equipe de enfermagem de um Hospital Universitário. 

Método

Estudo exploratório com amostra de profissionais de enfermagem, atuantes em unidades de assistência ao adulto e idoso de um hospital universitário da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados em 2022, com questionário online, contendo questões sobre caracterização sociodemográfica e profissional dos participantes e sobre a medida da PA. Foram enviados 150 questionários e após 3 tentativas obteve-se 79 respostas. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Houve aprovação por Comitê de Ética. 

Resultados

Participaram 43 enfermeiros e 36 técnicos/auxiliares com 44,06 (12,57) anos, 19,29 (11,52) anos de tempo de formado e 15,75 (11,61) anos de tempo de trabalho no hospital. Os dados mostraram que: 78,5% utilizavam aparelho semiautomático, 59,4% não receberam treinamento sobre medida da PA; 78,5% consideraram o aparelho semiautomático rápido e prático, mas 81% impreciso; e 53,2% erraram a faixa normal da PA. Houve as seguintes associações (p<0,05), com maior número de acertos para: enfermeiros quanto à interferências da bexiga cheia no valor da PA e velocidade de insuflação e desinflação do sistema; profissionais com pós-graduação Stricto sensu com a interpretação dos sons de Korotkoff e dimensões do manguito; uso de aparelho aneroide com as dimensões do manguito e velocidade de insuflação/desinflação; idade mais elevada, mais tempo de formado e mais tempo de trabalho no hospital com dimensões do manguito, velocidade de insuflação/desinflação do sistema e calibração dos aparelhos; profissionais que receberam treinamento para medida da PA e alterações causadas por manguitos muito estreitos ou muito largos. Porém, houve menos acertos (p<0,05) entre: uso de aparelho semiautomático e faixa de normalidade da PA; idade mais elevada, mais tempo de formado e mais tempo de trabalho no hospital com os cuidados do braço do paciente durante a medida da PA. 

Conclusão

Houve importantes respostas incorretas sobre o procedimento da medida da PA e influências de características profissionais. Considera-se que a equipe de enfermagem pode se beneficiar de treinamento e atualização sobre a medida da PA.

Área

Hipertensão Arterial

Autores

Ariani Aparecida Rodrigues de Almeida, Regina Célia Santos Diogo, Angela Maria Geraldo Pierin