Dados do Trabalho


Título

Impacto do Treinamento de Força com Restrição de Fluxo Sanguíneo na Capacidade Funcional e Resposta Barorreflexa em Modelo Experimental de Parkinson

Introdução

O Parkinson causa degeneração dos neurônios dopaminérgicos, gerando sintomas motores e não motores. Embora o treinamento de força (TF) traga benefícios cardiovasculares, há poucas pesquisas sobre TF com restrição de fluxo sanguíneo (RFS).

Objetivo

Avaliar os efeitos do TF-RFS em modelo experimental de Parkinson na capacidade funcional, parâmetros metabólico, hemodinâmicos e sensibilidade barorreflexa.

Método

Ratos Wistar machos foram divididos em 4 grupos: Controle Sedentário (CS:8); Parkinson Sedentário (PS:9); Controle Treinado (CT:8) e Parkinson Treinado (PT:9). O Parkinson foi induzido por injeção de 6-hidroxidopamina no estriado direito (6 μg/μl). O TF-RFS foi realizado em escada vertical, 15 subidas com 1min de intervalo e 30-60% da carga máxima atingida. A RFS foi feita com insuflação de 80 mmHg. O teste de carga máxima (TCM) foi realizado com 75% do peso corporal e incrementos de 15% até a exaustão. Após 8 semanas, foi realizado teste de tolerância oral a glicose (OGTT) e canulação para avaliação da pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e sensibilidade barorreflexa através das respostas taquicárdicas (RT) e bradicárdicas (RB) após administração de drogas vasoativas. Para análise estatística utilizamos ANOVA 1 via com post-hoc de Newman-Keuls (p<0,05). 

Resultados

No TCM final (CS:900±219; PS:1060±150; CT:1551±254; PT:1542±200g; p<0,001) todos os grupos aumentaram a carga comparado ao teste inicial e intermediário e o PT, CT em relação ao CS, PS respectivamente (CT:1551±254; PT:1542±200; CS:900±219; PS:1060±150g; p<0,001). A glicemia basal foi menor no PT comparado ao PS (79,22±11,8 vs 86,89±5,8mg/dL; p<0,05). No OGTT o  grupo PT, CT e CS mostraram maior sensibilidade à glicose comparado ao PS (12331±796,3; 12081±633,7; 12521±280,3; 13698±689mg/min/dL; p<0,001). Não houve diferenças significativas entre os grupos na PAS (CS:128±14; PS:125±11; CT:128±12; PT:118±13mmHG; p>0,05), PAD (CS:99±10; PS:95±9; CT:93±11; PT:93±12mmHG; p>0,05), PAM (CS:116±9; PS:109±10; CT:106±11; PT:106±12mmHG; p>0,05) e FC (CS:362±51; PS:378±39; CT:334±32; PT:330±38bpm; p>0,05). A RB foi maior no PT, CT e CS comparado ao PS (-1,44±0,40; -1,32±0,43; -1,22±0,15; -0,84±0,21mmHG/bpm; p<0,01). Não houve diferença na RT entre os grupos (CS:-3,25±0,96; PS:-2,91±0,90; CT:-3,27±0,90; PT:-3,06±1,10mmHG/bpm; p>0,05).

Conclusão

O TF-RFS demonstrou benefícios na capacidade funcional, parâmetros metabólico e aumento da resposta bradicárdica no Parkinson.

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Básica

Autores

Thais Miriã Silva Santos, Leonardo Ribeiro Miedes, Victor Hugo Martins Miranda, Nayara Barbosa Lopes, Juliana Monique Lino Aparecido, Sandra Regina Mota Ortiz, Kátia Bilhar Scapini, Danielle Silva Dias, Kátia De Angelis, Nathalia Bernardes