Dados do Trabalho


Título

CURSO TEMPORAL DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR, PERFIL INFLAMATÓRIO E PRÓ OXIDANTE RENAL DA PROLE DE GENITORES SUBMETIDOS AO CONSUMO DE FRUTOSE

Introdução

Introdução: O alto consumo de frutose pelos genitores promove alterações cardiometabólicas na prole podendo levar a disfunções cardiorrenais ao longo do seu desenvolvimento.

Objetivo

Objetivo: Avaliar o efeito do consumo de frutose pelos genitores sobre variáveis autonômicas, perfil inflamatório e pró-oxidante renal da prole.

Método

Métodos: Genitores (ratos Wistar) receberam dieta padrão (Controle) ou consumo de Frutose (10% na água), por 60 dias antes do acasalamento até o desmame da prole. As proles foram avaliadas em 3 momentos (21 dias [C21 e F21], 28 dias [C28 e F28] e 51 dias de vida [C51 e F51]) (n=6-8). Por meio do registro direto foram avaliados parâmetros autonômicos (variabilidade da PAS [VAR-PAS] e da FC [VAR-FC] no domínio do tempo e da frequência). O tecido renal foi usado para avaliação do perfil inflamatório (TNFα, IL-10 e IL-6) e pró-oxidante [ânion superóxido – O2- , peróxido de hidrogênio – H2O2 , NADPH-Oxidase]. Foi utilizada ANOVA one-way com post-hoc de Tukey ou Games-Howell (p≤0.05), dados em média ± DP.

Resultados

Resultados: Para VFC no domínio do tempo não houve diferença entre os grupos; no domínio da frequência houve aumento da razão BF/AF (baixa frequência/ alta frequência) na prole F28 (0.919±0.325) comparada à C28 (0.501±0.206). Sobre a VPA no domínio do tempo houve maior VAR-PAS na prole frutose aos 51 dias (C51: 10.29±3.45 vs. F51: 19.72±5.47 [mmHg 2 ]), no domínio da frequência, houve maior modulação simpática vascular [LF-abs PAS] na prole frutose aos 21 e 28 dias (C21: 1.33±0.37 vs. F21: 3.04±0.39, C28: 2.10±0.56 vs. F28: 3.92±1.44 [mmHg 2 ]). No perfil inflamatório renal houve aumento de TNF-α aos 28 dias em ambas as proles (C28: 107.07±14.99 vs. C21: 71.82±16.47; F28: 118.01±15.60 vs. F21: 90.71±24.37 [pg/mg prot.]). Não houve diferença em IL-10 e IL-6. Sobre os marcadores pró-oxidantes renais, houve um aumento de H2O2 aos 51 dias em ambas as proles (C51: 9.91±0.78 vs. C21: 8.36±0.27; F51: 11.77±1.85 vs. F21: 7.81±0.59 [µM/g]), e maior atividade da NADPH-Oxidase na prole frutose aos 28 dias (C28: 0.20±0.06 vs. F28: 0.32±0.08 [nmol/mg]). Houve correlação positiva entre Lf- abs PAS e NADPH Oxidase renal (r=0.52, p<0,05)

Conclusão

Conclusão: A prole de genitores que consumiram frutose apresentou disfunções autonômicas precoces contribuindo para um perfil pró-inflamatório e pró-oxidante renal ao longo de seu desenvolvimento.

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Básica

Autores

Antonio Viana Nascimento-Filho, Camila Santos Paixão, Kelly Cristina Felipe Silva, Victor Hugo Martins Miranda, Marcelle Paula-Ribeiro, Nathalia Bernardes, Danielle Silva Dias, Kátia De Angelis