Dados do Trabalho


Título

TREINAMENTO AERÓBICO ATENUA DISFUNÇÃO AUTONÔMICA PRECOCE EM DESCENDENTES DE RATAS EXPOSTAS À POLUIÇÃO NA GESTAÇÃO: COMPARAÇÃO ENTRE OS SEXOS

Introdução

Estudos sobre material particulado <2,5µm(MP2,5) são relevantes devido às suas influências nos órgãos e sistemas, inclusive durante a gestação. O treinamento físico tem efeitos benéficos conhecidos na saúde cardiorrespiratória e neuroinflamatória

Objetivo

Investigou os efeitos do treinamento físico na saúde cardiovascular da prole de ratas expostas ao MP2,5.

Método

As ratas foram expostas ao MP2,5 a partir do quinto dia de gestação usando um concentrador de partículas ambientais. A prole foi dividida em quatro grupos por sexo (M: machos; F: fêmeas): controle não exposto (MC; FC), exposto (ME, FE) e exposto + treinamento (MET; FET). O treinamento físico foi realizado em esteira ergométrica por 5 vezes por semana durante 8 semanas. A avaliação incluiu medições diretas da pressão arterial, variabilidade cardiovascular no domínio do tempo e da frequência, além de avaliação de estresse oxidativo e inflamação

Resultados

Não foram observadas diferenças significativas na pressão arterial sistólica, diastólica e média, nem na frequência cardíaca entre os grupos de machos. No barorreflexo, as respostas bradicárdicas foram reduzidas no grupo ME em comparação ao MC, enquanto no MET houve um aumento em relação ao MC. No grupo FE, observou-se uma redução comparada aos grupos FC, FET e ME. Em relação às respostas taquicárdicas, houve redução no grupo ME comparado ao MC e MET; no grupo FE, a redução foi comparada ao FC e FET. A variância do intervalo de pulso (ms²) foi maior no MET e FET (110,31±9,38 e 112,89±8,96) em comparação com os grupos não expostos (MC: 51,66±7,93 e FC: 71,54±9,14) e expostos (ME: 45,04±4,12 e 37,40±5,55). A variância da pressão arterial sistólica (mmHg²) foi maior no grupo ME (28,95±3,81) comparado ao MC (17,64±2,14); nas fêmeas, FE (29,31±3,08) e FET (22,00±1,59) foram maiores que FC (12,27±1,12). O desvio padrão da pressão arterial sistólica aumentou no FE e FET em comparação ao FC. Houve aumento de IL-6 (pg/mg de proteína) no FE (75,4±5,3) comparado ao FC (51,4±2,5) e FET (53,3±2,8). A GPx diminuiu no FE (82,5±3,1) e FET (84,9±8,0) comparado ao FC (127,3±9,9). O peróxido de hidrogênio estava maior no ME comparado ao MC e MET e no FE comparado ao ME. Os níveis de TBARS foram maiores no FE comparado ao FC e ME, e menores no MET e FET em relação aos respectivos grupos expostos

Conclusão

O treinamento físico reduz efeitos adversos da poluição pré-natal, melhorando regulação autonômica e reduzindo inflamação e estresse oxidativo.

Área

Hipertensão Arterial

Autores

Pietra Petrica Neves, Marina Dutra Rascio Henriques Dutra, Sarah Cristina Ferreira Freitas, Caroline Lélis De Araújo, Antonio Viana do Nascimento - Filho, Victor Hugo Martins de Miranda, Maikon Barbosa Da Silva, Mariana Matera Veras, Maria Claudia Irigoyen, Kátia De Angelis