Dados do Trabalho


Título

PREVALÊNCIA DOS FENÓTIPOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E O RISCO CARDIOMETABÓLICO DE ADULTOS JOVENS EM UM MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA – ESTUDO LapARC MULTICÊNTRICO

Introdução

<p><strong>Introdu&ccedil;&atilde;o:</strong> A aferi&ccedil;&atilde;o da press&atilde;o arterial &eacute; uma etapa obrigat&oacute;ria no cen&aacute;rio de qualquer atendimento em sa&uacute;de, ou pelo menos deveria ser, pois os n&iacute;veis press&oacute;ricos quando corretamente aferidos, permitem acompanhar, classificar fenotipicamente e proporcionar o diagn&oacute;stico da hipertens&atilde;o arterial (HA), um dos principais fatores de risco cardiovascular, que associada a outras altera&ccedil;&otilde;es metab&oacute;licas elevam as chances de eventos desfavor&aacute;veis.&nbsp;&nbsp;</p>

Objetivo

<p><strong>Objetivo:</strong> Avaliar a preval&ecirc;ncia dos fen&oacute;tipos da hipertens&atilde;o arterial sist&ecirc;mica (HAS) e o risco cardiometab&oacute;lico de adultos jovens na aten&ccedil;&atilde;o prim&aacute;ria.&nbsp;</p>

Método

<p><strong>M&eacute;todo:</strong> Estudo populacional, multic&ecirc;ntrico (bra&ccedil;o do estudo LapARC &ndash; Rio de Janeiro), transversal, aprovado pelo Comit&ecirc; de &Eacute;tica sob o registro: 5.046.133. Nosso centro localiza-se no munic&iacute;pio de Santar&eacute;m, Par&aacute;, Brasil. Foram avaliados adultos jovens (20 a 50 anos) em rela&ccedil;&atilde;o ao seu perfil de risco cardiovascular, caracter&iacute;sticas sociodemogr&aacute;ficas, antropometria e bioimped&acirc;ncia el&eacute;trica. Foi aferida a press&atilde;o arterial (PA) em consult&oacute;rio e realizada a Monitoriza&ccedil;&atilde;o Residencial da Press&atilde;o Arterial (MRPA) com protocolo de 7 dias. Os participantes foram submetidos &agrave; exames laboratoriais (perfil metab&oacute;lico e fun&ccedil;&atilde;o renal).&nbsp;</p>

Resultados

<p><strong>Resultados:</strong> Foram analisadas 267 pessoas (80,1% do sexo feminino; idade m&eacute;dia 38,7 &plusmn; 8,0 anos; 91,8% se autodeclararam pardo/pretos), com as mulheres apresentando significativamente mais obesidade e sobrepeso (82,5% vs 17,5%, p&lt;0,05│76,5% vs 23,4%, p&lt;0,05). Mais da metade da popula&ccedil;&atilde;o &eacute; sedent&aacute;ria (55%), 37,1% e 9,4% afirmaram ter HAS e DM, sendo que 83,1% e 59,6%, possuem familiar com essas comorbidades, respectivamente, al&eacute;m de hist&oacute;ria de DCV precoce na fam&iacute;lia (31,5%). 3,4% possuem cardiopatias e 2,6% doen&ccedil;a cerebrovascular. Quanto aos fen&oacute;tipos da HAS, a normotens&atilde;o (43,4%) foi a mais prevalente, por&eacute;m 11,5% evidenciaram HA mascarada, 3,3% HA do jaleco branco e 5,5% HA sustentada. Entre os hipertensos, 17,6% permaneceram com HA n&atilde;o controlada.</p>

Conclusão

<p><strong>Conclus&atilde;o: </strong>A popula&ccedil;&atilde;o apresentou um risco moderado e alto para as doen&ccedil;as cardiovasculares, com elevada preval&ecirc;ncia de fen&oacute;tipo que cursa com pior progn&oacute;stico quando n&atilde;o diagnosticado, al&eacute;m de um baixo controle press&oacute;rico e metab&oacute;lico, o que justifica a continuidade do estudo, para melhor compreender o comportamento dessas vari&aacute;veis nessa faixa et&aacute;ria ainda pouco analisada.</p>

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Clínica

Autores

Randerson José de Araujo Sousa, Gabriel Parente Bernardes, Clara Serique Massaranduba Silva, Rayan Moura Patrik Naim, Bruno Antônio Gomes Silva, Clara Sofia Silva Oliveira, Danna Carvalho Veiga, Emilly Pinheiro Cruz, Ligia Amaral Filgueiras, Elizabeth Silaid Muxfeldt