Dados do Trabalho


Título

DISTÚRBIOS EMOCIONAIS NA CONDIÇÃO DE ALTO RISCO PARA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E O PERFIL METABÓLICO DE ADULTOS JOVENS NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ, BRASIL – ESTUDO LapARC MULTICÊNTRICO

Introdução

<p><strong>Introdu&ccedil;&atilde;o:</strong> Associado aos fatores de risco cardiovascular cl&aacute;ssicos, como: a hipertens&atilde;o arterial sist&ecirc;mica (HAS), o diabetes mellitus (DM), a dislipidemia e o tabagismo, os transtornos emocionais e a apneia obstrutiva do sono (AOS), tamb&eacute;m ganham destaque como marcadores sugestivos de risco aumentado para doen&ccedil;as cardiovasculares.&nbsp;</p>

Objetivo

<p><strong>Objetivo:</strong> Rastrear os transtornos emocionais no cen&aacute;rio de alto risco para apneia obstrutiva do sono e o perfil metab&oacute;lico na aten&ccedil;&atilde;o prim&aacute;ria em sa&uacute;de.&nbsp;</p>

Método

<p><strong>M&eacute;todo: </strong>Estudo populacional, multic&ecirc;ntrico (bra&ccedil;o do estudo LapARC &ndash; Rio de Janeiro), transversal, aprovado pelo Comit&ecirc; de &Eacute;tica sob o registro: 5.046.133. Nosso centro localiza-se no munic&iacute;pio de Santar&eacute;m, Par&aacute;, Brasil. Foram avaliados adultos jovens (20 a 50 anos) em rela&ccedil;&atilde;o ao seu perfil de risco cardiovascular, sociodemografia e bioimped&acirc;ncia. O rastreio da AOS foi realizado por meio do question&aacute;rio Stop-Bang (QSB) e da escala de sonol&ecirc;ncia de Epworth (ESE), sendo que o QSB com pontua&ccedil;&atilde;o &ge; 3 e a ESE &ge; 10 identifica pacientes de alto risco. Adotamos os question&aacute;rios GAD-7 para avaliar a ansiedade e o PHQ-9 para a depress&atilde;o, ambos com indicador positivo um valor &ge; 10. Foi aferida a press&atilde;o arterial de consult&oacute;rio e realizada a Monitoriza&ccedil;&atilde;o Residencial da Press&atilde;o Arterial.&nbsp;</p>

Resultados

<p><strong>Resultados:</strong> Foram avaliadas 267 pessoas (80,1% do g&ecirc;nero feminino; idade m&eacute;dia de 38,7 &plusmn; 8,0 anos; 91,8% se autodeclararam pardos/pretos), com 73% obesas/sobrepeso, 55% sedent&aacute;rias e 35,9% dislipid&ecirc;micas, al&eacute;m de 37,1% j&aacute; possu&iacute;rem HAS, 9,4% DM e 4,9% serem tabagistas. Mais da metade da amostra apresentou sintomas de depress&atilde;o (52,8%) e ansiedade (56,6%) moderada/severa e as mulheres demonstraram significativamente mais sintomas depressivos (85,8% vs 14,2%, p=0,010) e ansiosos (86,1% vs 13,9%, p=0,050). Em rela&ccedil;&atilde;o ao risco de AOS, 36,7% e 32,6% evidenciaram alto risco pela ESE e QSB, respectivamente, e 16,1% quando se considerou ambos os question&aacute;rios e entre os quais a ansiedade (67,4%) e a depress&atilde;o (62,8%) clinicamente significativa foram mais prevalentes.&nbsp;</p>

Conclusão

<p><strong>Conclus&atilde;o:</strong> A popula&ccedil;&atilde;o apresentou fatores cl&aacute;ssicos e modific&aacute;veis de risco cardiovascular e alto risco para AOS que tamb&eacute;m cursa com elevada preval&ecirc;ncia de transtornos emocionais na categoria moderada/severa, sugerindo que embora jovem e aparentemente saud&aacute;vel, esses adultos possuem padr&otilde;es que podem impactar no surgimento precoce de doen&ccedil;as cardiovasculares.&nbsp;</p>

Área

Hipertensão Arterial

Categoria

Pesquisa Clínica

Autores

Randerson José de Araujo Sousa, Gabriel Parente Bernardes, Rayan Moura Patrik Naim, Victor Fernando Xavier Laurindo da Silva, Luiz Emanuel Batista Lima, Igor Dutra Tschope, Katsuki Coelho Yano, Anthony Marcos Bryam Oliveira Pereira, Ligia Amaral Filgueiras, Elizabeth Silaid Muxfeldt